Por Flavia Lima

Mais uma “fintech”, como são chamadas as empresas de tecnologia financeira, entra no mercado de cartões de crédito de olho no sucesso feito pelo NuBank, irmão mais velho que não cobra tarifa e organiza os gastos dos clientes de forma automática num aplicativo de celular. A Trigg, plataforma digital que tem entre seus sócios a Omni Financeira, lançou seu cartão de crédito próprio nesta semana.

O conceito é bastante parecido com o do Nubank: atrair clientes dispostos a resolver boa parte de seu relacionamento com o seu cartão de crédito de maneira digital. Assim, o cadastro é feito online e a aprovação é imediata. Será oferecido o serviço de gerenciamento de categorias e visualização em gráfico de todas as compras feitas com o cartão.

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Diferentemente do NuBank, no entanto, a Trigg cobrará anuidade de R$ 118,80 ou 12 parcelas de R$ 9,90. Os três primeiros meses de cartão, porém, são isentos, diz Marcela Miranda, sócia e executiva à frente da Trigg. O foco, afirma, é um público entre 20 e 45 anos, com renda mensal acima de R$ 2 mil.

O cartão também não contará com programa de milhagem. O diferencial, diz Marcela, ficará por conta do modelo chamado de “cashback” — no qual a Trigg devolve progressivamente até 1,3% do valor da fatura mensalmente, a depender do volume de gastos do cliente. Em uma fatura de R$ 2 mil em média ao mês, por exemplo, o cliente receberá de volta cerca de 1% dos gastos, o que corresponde a R$ 216 no ano, ou R$ 18 por mês em forma de desconto no valor da fatura. Apenas gastos mensais iguais ou acima de R$ 5 mil dão direito à devolução máxima (1,3%).

Caso o cliente prefira, pode ainda escolher doar o valor recebido a um empreendedor social previamente escolhido pela própria Trigg. Por meio de um programa — o Trigger — a empresa oferece treinamento e aceleração para empresas que buscam atuar na área de empreendedorismo. No fim de um ano, a startup que se destacar no programa receberá, além de um aporte inicial de R$ 50 mil da própria Trigg, todo o cashback dos clientes que optaram pela doação.

Outra inovação, diz Marcela, é o que chama de cartão virtual. Com a aprovação do cadastro, o cliente receberá um limite de segurança – cerca de 20% do limite total do cartão — que o permite usar o cartão no mesmo momento, em compras online ou outros serviços como Uber e Spotify. Desbloqueado, é liberado o limite total.

A Trigg funciona como correspondente bancário da Omni Financeira, que emite os cartões. Há um ano e meio no mercado, a fintech investiu R$ 12 milhões em tecnologia e marketing. Além do cartão de crédito, a plataforma planeja outros produtos atrelados ao cartão, como o crédito pessoal.

No cartão de crédito, a meta é alcançar 1 milhão de cartões ativos em cinco anos. Segundo Marcela, no dia do lançamento, na quarta-feira, a fintech recebeu 1 mil cadastros.

A Trigg não vai oferecer o crédito rotativo, apenas a possibilidade de parcelamento de crédito. A taxa média deve ficar próxima a 7,90% ao mês. A bandeira do cartão é Visa Gold.

Artigo escrito por Flavia Lima para o Valor.

 

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