O Banco Inter se tornou a primeira fintech brasileira a abrir capital na bolsa. Suas ações estrearam em 30 de abril na B3, que administra a Bolsa de São Paulo. Segundo informação de uma fonte à Reuters, a fintech precificou sua oferta pública inicial (IPO) em 18,50 reais por ação, perto do piso da faixa indicativa.

A fonte também afirmou que acionistas e o banco levantaram 721,9 milhões de reais com a oferta. E duas companhias de investimento, Squadra Investimentos e Atmos Gestão de Recursos, teriam comprado cerca de 200 milhões de reais em ações na oferta.

Nesta mesma semana da estreia das ações, reportagem do TecMundo afirmou que recebeu manifesto de um hacker afirmando roubo de dados de mais de 100 mil clientes. O TecMundo divulgou o recebimento de um manifesto de 18 páginas assinado pelo hacker “John” que detalha de maneira técnica como teve acesso aos dados e quais foram as suas motivações. Além disso, ele também detalha como funcionou uma provável extorsão ao Banco Inter, com prazos e dinheiro envolvido para o caso ser “deixado de lado” e resolvido internamente. De acordo com John, o pagamento não foi realizado.

Segundo o TecMundo, o Banco Inter afirmou que recebeu o arquivo de 40 GB, mas negou a invasão e comentou: “O Banco Inter segue as regulamentações de segurança aplicáveis à natureza do serviço prestado, estando em conformidade com as boas práticas no que se refere à proteção dos dados pessoais de seus clientes. Nesse sentido, busca constantemente o aperfeiçoamento de sua segurança digital. Inclusive, é pioneiro na migração de dados para computação em nuvem junto ao seu parceiro Amazon Web Services.

Procurado pelo Conexão Fintech, o Banco Inter ainda não se pronunciou sobre o suposto vazamento de dados.

Pedido de IPO em fevereiro

Em fevereiro, o Banco Inter havia pedido registro para realizar a IPO, em documento registrado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A oferta incluiria lotes primário (ações novas) e secundário (papéis detidos pelos atuais sócios), segundo o prospecto preliminar da oferta, que terá como coordenadores as unidades de banco de investimento de Bradesco, Morgan Stanley, Citigroup e Banco do Brasil. Os recursos a serem captados na oferta primária serão usados para expandir a oferta de crédito e para potenciais aquisições.

Em 31 de janeiro, o Banco Inter tinha cerca de 435 mil clientes. No fim de 2017, o banco tinha patrimônio líquido de 390,6 milhões de reais, e uma carteira de crédito de 2,6 bilhões de reais, segundo o documento.

O Banco Inter, ex-Intermedium, foi fundado em 1994 e é controlado pela família Menin, dona da construtora MRV.

 

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