A startup Nubank disse nesta terça-feira que se expandirá para além do cartão de crédito, operando contas digitais, que permitem que clientes façam transferências, paguem contas e obtenham maior rentabilidade do que na poupança, fortalecendo seu desafio aos bancos tradicionais.

O Nubank tem se apoiado desde 2014 em sua interface digital simples, taxas de juros baixas e isenção de tarifas em seu popular cartão de crédito roxo.

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Apenas 2,5 milhões dos 13 milhões de que se inscreveram obtiveram um cartão Nubank, devido às rigorosas verificações de histórico de crédito – obstáculo que a empresa está removendo para as novas contas.

“Nossa verdadeira revolução começa hoje”, disse o fundador e presidente-executivo David Velez na sede do Nubank. “Agora vamos oferecer serviços para 100 por cento dos brasileiros”.

Os jovens acostumados com a internet são o principal alvo do Nubank, mas Velez disse que espera que novas contas sirvam cerca de 60 milhões de brasileiros – 30 por cento da população – que não têm conta bancária.

Registrado como uma “instituição de pagamento” sob as novas regras definidas pelo Banco Central, o Nubank investirá dinheiro de clientes diretamente na dívida pública e lhes oferecerá 99 por cento dos juros, cobrando uma pequena taxa.

“Nossa ideia com essas contas não é ganhar dinheiro, mas também não é perder dinheiro”, disse Velez aos jornalistas, acrescentando que os investidores da companhia estão felizes em vê-lo reinvestindo em crescimento em vez de gerar lucro logo.

Empresas de venture capital incluindo Sequoia Capital, Kaszek Ventures, Tiger Global Management e DST Global investiram 179 milhões de dólares no Nubank desde 2013, avaliando a companhia em 500 milhões de reais no início de 2016 – o que a torna a maior fintech brasileira.

O número de empresas do setor de tecnologia financeira no Brasil já aumentou seis vezes nos últimos anos, enquanto as companhias oferecem aos credores taxas de juros para empréstimos menores que os bancos tradicionais.

O pedido do Nubank para ser uma “instituição financeira”, que já dura dois anos, progrediu e está entrando em sua “reta final”, disse Cristina Junqueira, cofundadora e vice-presidente de desenvolvimento de negócios da Nubank.

Velez disse que a companhia pode eventualmente oferecer cartões de débito relacionados às novas contas e permitir que os usuários saquem dinheiro em caixas eletrônicos.

“Estamos olhando muito para China como país que está mostrando o futuro do dinheiro, muito mais do que os Estados Unidos ou Europa”, disse ele, referindo-se às instituições chinesas que usam sistemas de pagamento digitais, em vez de métodos tradicionais como talões de cheques.

Fonte: Reuters

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