Diminuição nos cartões de crédito, empréstimos, planejamento e educação financeira; Veja as principais mudanças e como lidar com o crédito rotativo
No inicio do mês entrou em vigor a nova regra para pagamento da fatura do cartão de crédito, onde o consumidor permanecerá no crédito rotativo apenas até o vencimento da fatura seguinte, não ficando preso ao pagamento mínimo por tempo indeterminado. Fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), após o anúncio da reforma microeconômica em dezembro do ano passado, a medida tem o potencial de reduzir pela metade os gastos com juros em 12 meses.
De acordo com o CEO da fintech de adquirência com base mobile KiiK, Maurício Valim, sempre que o consumidor entrar no crédito rotativo , após 30 dias o banco tem a obrigação de oferecer ao cliente um parcelamento do saldo devedor, além de também poder optar pelo pagamento à vista da fatura.
“Caso o consumidor não escolha nenhuma das duas alternativas, correrá o risco de ficar inadimplente. A expectativa do governo é de que as taxas de juros caiam pela metade e o cliente fique por menos tempo no rotativo do cartão”, afirmou o especialista.
Mudanças e medidas preventivas
Uma pesquisa divulgada em 2013 pelo instituto de pesquisa global Ipsos apontou o Brasil como o quarto País mais materialista do mundo, ficando atrás apenas da China, Índia e Turquia.
Com a nova medida entrando em vigor, estima-se que o consumidor, antes envolvido na rolagem do pagamento da fatura do cartão sem ao menos perceber o quanto estava pagando de juros, tenha a possibilidade de negociação com bancos. Com isso, será permitido o estabelecimento de uma data para o fim da dívida.
Para Valim, uma alternativa viável diante a nova regra é que o cliente não faça novas dívidas no cartão até que tudo esteja sob controle. “Embora as novas regras ofereçam juros mais baixos que o rotativo, continua sendo uma dívida e o risco de se complicar financeiramente é sempre eminente. Ou seja, melhora, mas não resolve,” explicou.
Além disso, o cliente pode recorrer a um empréstimo para quitar a fatura ao invés de ficar apenas no pagamento mínimo. Contundo, é necessário ficar atento as condições do empréstimo a ser tomado.”Volto a dizer que se deve ter consciência do quanto se ganha e com o quanto se gasta. A balança deve estar bem equilibrada para não gerar transtornos fazendo com que a pessoa caia na inadimplência e fique por muito tempo assolada em dívidas”.
Planejamento financeiro
De acordo com Valim, a situação do rotativo do cartão evidencia a carência de educação financeira por parte dos brasileiros, uma vez que não se davam conta do quanto pagavam de juros, além de cair no descontrole por consumirem mais do que seus orçamentos permitem.
“Um primeiro passo foi dado, esclarecer o que acontece quando você não paga a fatura: juros e financiamento. Para intensificar essa prática é preciso entender seus gastos, seus ganhos e planejar bem os compromissos que assume. Para isso, existem soluções inovadoras e fintechs que ajudam na organização de despesas, uma das mais conhecidas é o GuiaBolso, por exemplo”, ressaltou.
Assim, é fundamental ter consciência de que o cartão de crédito é um facilitador de compras, que possibilita a aquisição de bens conforme se vai parcelando o saldo devedor. Na hora de pagar a dívida, o que pode ajudar é se planejar financeiramente, não deixando que o total da fatura mensal ultrapasse 50% do orçamento líquido familiar. Dessa forma, poderá ser paga na íntegra até sua data de vencimento.
Outra dica dada é a diminuição no número de cartões de crédito, principalmente se a pessoa tiver dificuldades em conter seus gastos. “O ideal, não só para não cair no crédito rotativo, mas para se ter um controle geral, é a execução de um planejamento financeiro que organize gastos fixos mensais. Assim, com o que sobra, pode estipular uma fatia que vai usar no cartão de crédito e até deixar um pouco guardado no banco, de reserva, para o caso de uma emergência”, concluiu Valim.
Por Mayara Rozário e edição de Flávia Denone
Fonte: Economia – iG
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