Muitos apostam que isso está prestes a acontecer, mas na realidade essa missão é mais difícil do que parece.

Estamos vivendo a era das criptomoedas. Sim, no plural, afinal depois do Bitcoin muitas outras surgiram – mais precisamente 1384 delas – mas apenas uma foi criada com o objetivo de substituir a moeda digital mais popular do mundo: o Bitcoin Cash.

O nascimento da altcoin aconteceu no dia 1o de agosto de 2017 após um hard fork realizado na rede Bitcoin e é resultado direto de discussões acaloradas na comunidade sobre o futuro do principal ativo financeiro digital.

A polêmica durou dois anos e girava em torno do desacordo sobre os limites da capacidade do blockchain desenhado por Satoshi Nakamoto, o misterioso criador do Bitcoin, e se seria possível melhorá-lo permitindo a realização de um número maior de transações. A solução apresentada foi o lançamento de uma nova criptomoeda que resolveria o problema da escabilidade da moeda original.

Dessa forma, o Bitcoin Cash surgiu com blocos de 8MB contra 1 MB do Bitcoin possibilitando que o processo de validação das transações se tornasse mais rápido e com taxas menores. Além de contar com upgrades esperados como a replay protection, que evita que uma transação seja repetida em outra rede, e com wipeout protection, essencial para impedir que em uma reorganização do blockchain, a chain mais longa se sobreponha a menor fazendo que as moedas contidas na chain menor sejam perdidas.

Como era de se esperar, a novidade movimentou o mercado e fez a alegria dos entusiastas de criptomoedas, uma vez que eles foram agraciados com a duplicação de seus saldos em Bitcoin na rede Bitcoin Cash. Entretanto, esse fator não foi determinante nos planos do Bitcoin Cash para assumir a 1a posição do ranking das moedas digitais.

A proposta do Bitcoin Cash é estar preparado para todo tipo de pagamento, executando-os e confirmando-os de maneira rápida e supostamente mais eficiente e isso já faria o Bitcoin perder espaço, de acordo com seus apoiadores.

Só que nesse caso, o adversário a ser combatido conta com uma enorme vantagem: ele saiu do universo digital e entrou no mundo real. O Bitcoin é aceito no comércio, tem seus próprios caixas eletrônicos, é considerado um meio de pagamento em alguns países, como o Japão e já tem seus próprios contratos futuros na Chicago Mercantile Exchange (CME) e na Chicago Board Options Exchange (CBOE). Além disso, ele é referência no mercado e tem valor reconhecido pelo público.

Portanto independentemente dos prós e contras de cada uma delas, destronar o Bitcoin não será uma tarefa fácil. Garantir transações seguras e rápidas a partir do consenso na comunidade é mais importante que usar as qualidades de uma rede para prejudicar outra.

Acredito que há espaço para ambas moedas crescerem e consolidarem o papel de reserva de valor – cada uma a seu modo – sem dar margem para que caiam em descrédito.

Não dá para afirmar quando a “guerra” vai acabar, mas é provável que as duas moedas continuem se valorizando até lá. Cabe a você decidir em qual delas vale a pena investir.

Caso você tenha interesse em investir em Bitcoin Cash no Brasil, a primeira exchange a operar a moeda foi o Mercado Bitcoin e hoje é responsável por mais de 98% dos negócios em Bitcoin Cash no país. Mas lembre: invista com responsabilidade.

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