O Brasil já possui mais de 200 fintechs – 219 para ser mais exato – que estão revolucionando 16 segmentos diferentes do setor financeiro. Segundo levantamento feito pelo Finnovista, organização que mapeia e monitora a indústria de Fintech na América Latina, esse número faz do Brasil o maior ecossistema de fintech na América Latina. Os dados também mostram o México em segundo lugar com 158 startups, depois a Colômbia com 77, a Argentina com 60 e o Chile com 56 empresas.

O Finnovista vem fazendo estudos para mapear a indústria de fintech na Argentina, Chile, Colômbia e México e, assim como fez nesses países, acaba de lançar seu primeiro Radar Fintech para o Brasil. Esse mapa mostra um mercado dinâmico cheio de oportunidades para o consumidor ter acesso a mais (e melhores) produtos financeiros e uma janela de oportunidades para as instituições financeiras tradicionais também se inovarem se posicionando no ecossistema fintech.

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Neste levantamento, vemos que a maioria das fintechs brasileiras, assim como nos outros países da América Latina, é do segmento de pagamentos e remessas, que forma 31% do ecossistema fintech. Em seguida, vem o segmento de gestão financeira empresarial com 15% do total das startups, que tem uma importante sub-categoria, a de cobrança. Em terceiro, há as startups de crédito, que incluem peer-to-peer e plataformas de empréstimos, que formam 12% do total das startups brasileiras mapeadas pelo Finnovista. No mapeamento, o Finnovista também mostra que, se compararmos com outros países da América Latina, o Brasil tem um maior número de fintechs no segmento de Wealth Management; quase metade dessas fintechs desenvolve serviços automatizados de gerenciamento de patrimônio ou robô-advisors.

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Bueno, co-fundador do Finnovista, diz que um fato interessante no radar para o Brasil é que os modelos de negócios se espalharam igualmente dentro de 3 grandes grupos da seguinte forma: 34% das startups focam em negócios corporativos como uma abordagem B2B e outras 31% focam em consumidores bancários com um modelo de negócios B2C. Além disso, 28% das startups estão criando soluções para inclusão financeira, seja para consumidores individuais seja para pequenas e médias empresas (PMEs), e os 7% restantes estão desenvolvendo soluções para as PMEs já bancarizadas.

radar fintech finnovista 4Além disso, o levantamento do Finnovista identificou que as tecnologias mais usadas pelas startups para construir seus produtos e serviços são Big Data & Analytics, Mobile & Apps, Open Platforms & APIs, Cloud Computing, Machine Learning & AI e Crypto-Currency & Blockchain. E a maior parte delas conta com financiamento a partir da arrecadação de fundos, sendo que 57,7% conseguiram fundos de terceiros no passado e 58,1% das startups estão hoje em busca de fundos para investimentos futuros.

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Alguns dados, obtidos com a colaboração de especialistas no Brasil como Guilherme Horn, Thiago Paiva, Arthur Farache, Ricardo Morikio, John Plaisted e outros, corroboram aqueles divulgados no Fintechlab Report, lançado em abril pelo Fintechlab [baixe o Fintechlab Report aqui]. Já no primeiro semestre de 2016, as empresas de pagamentos formavam 31% das fintechs brasileiras sendo essa a maior fatia do setor. Desde agosto de 2015, o Radar Fintechlab vem mostrando o mapa da evolução das fintechs no Brasil mapeando e acompanhando o surgimento de novas empresas nos vários segmentos do setor.  O Conexão Fintech acompanha de perto o setor e as startups que formam o ecossistema de fintechs brasileiras, noticiando a evolução e os acontecimentos mais importantes ligados ao setor.  Segundo José Prado, há um acontecimento novo a cada hora e manter-se atualizado das notícias é essencial para avaliar as oportunidades do mercado fintech.

radar fintech finnovista 3Os especialistas do Finnovista também mostraram no radar que 35% das startups disseram estar em fase de crescimento e expansão, 26% se definiram como prontas para escalar, 23% afirmaram que têm um produto lançado e 16% possuem uma versão Beta, demo ou protótipo. São Paulo é a cidade onde a maioria (54%) das startups é fundada, seguida do Rio de Janeiro, com 10% das startups, Belo Horizonte com 8% e Porto Alegre com 6%. Segundo o radar Finnovista, 90% das startups têm, atualmente, como mercado apenas o Brasil e 10% já se expandiram para outros países. Apesar do número ainda baixo, em abril, o Fintechlab Report já tinha divulgado que 31% das startups tinham a intenção de se internacionalizar, demonstrando uma oportunidade de negócios ampla tanto para consolidar as empresas no Brasil, como lançá-las lá fora.

O que achou do levantamento do Finnovista? Comente abaixo.

Se souber de alguma startup que ficou fora do levantamento clique aqui.

 

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