Evento realizado no Auditório da Telefônica abordou os temas mais atuais sobre inovação para o mercado financeiro.

Na última sexta-feira (11) aconteceu na capital paulista o Next Money SP – Fintech Summit, evento integrante da São Paulo Tech Week. Essa edição contou com a organização da Innercore Solutions, apoio da Telefônica Open Future e do Consulado Inglês, além do patrocínio do Banco do Brasil e da Simplic – plataforma de empréstimos alternativos. A ocasião também abrigou a semi-final Latino Americana da competição global de Fintechs FF17, que terá sua grande final em Hong Kong no mês de janeiro. A empresa Dataholics (especializada na coleta de dados não estruturados na internet para composição de perfil de crédito) sagrou-se finalista após competir com outras sete startups, dentre elas uma da Argentina, outra do Chile e as demais do Brasil.

Com uma agenda que contou com a participação das principais Fintechs do país, órgãos reguladores e governamentais nacionais e estrangeiros, e investidores de capital de risco, o evento iniciou com a abertura de Bruno Diniz, co-fundador da Innercore Solutions e representante da Next Money no Brasil, que explicou um pouco sobre o funcionamento da organização pelo mundo e sobre a segunda edição da conferência em solo nacional. Em seguida, Chetna Patel, chefe da divisão de serviços financeiros do Consulado Inglês na América Latina, fez as considerações iniciais sobre as possibilidades em Fintech entre o Reino Unido e Brasil. Ela foi sucedida por Renato Valente, gerente nacional da Telefônica Open Future, que falou da importância do segmento Fintech na estratégia da organização que representa.

A primeira palestra do dia foi realizada por Marco Mastroeni, diretor de Negócios Digitais do Banco do Brasil, que discorreu sobre o processo de transformação digital que está ocorrendo agora. “Somos uma instituição de 208 anos de história, presente em todo Brasil, e que está buscando se adaptar a um novo momento da indústria financeira”, explica Mastroeni. Ele também contou sobre a experiência do laboratório de inovação do Banco do Brasil no Vale do Silício, que foi inaugurado esse ano, e dos planos para o programa de inovação aberta previsto para 2017.

O primeiro painel do dia tratou sobre os desafios regulatórios do segmento Fintech, onde tivemos presentes Bruno Balduccini, sócio responsável pela divisão de serviços financeiros no escritório Pinheiro Neto, Fábio Lacerda, chefe do departamento de supervisão bancária do Banco Central, e Chetna Patel, chefe da divisão de serviços financeiros do Consulado Inglês na América Latina. Nessa ocasião foram comparados os ambientes regulatórios Inglês e Latino Americano e quais as principais diferenças entre os dois. Chetna Patel destacou a importância dos “Regulatory Sandboxes” no desenvolvimento do ecossistema britânico. Segundo essa regulamentação, as Fintechs autorizadas conseguem lançar seus produtos e serviços em um ambiente controlado, impactando um número pequeno de clientes que testam a solução, enquanto são observados de perto pelo regulador.

O painel seguinte explorou como Fintech pode promover inclusão financeira e desenvolvimento das PMEs na América Latina. Para essa ocasião foram convidados Bernardo Bonjean da Avante, Sandro Reiss da Geru e Daniel Gomes da Nexoos. Com públicos-alvo distintos, os representantes dessas Fintechs mostraram como a solução deles colabora no acesso a um crédito mais barato, rápido e fácil de contratar do que as alternativas do mercado financeiro tradicional.

A segunda palestra foi realizada pelo Rafael Pereira, CEO da Simplic, que mostrou uma visão geral de como o mercado de empréstimos digitais alternativos funciona na prática em nosso país. Além disso Rafael apresentou a recém-criada ABCD, Associação Brasileira de Crédito Digital, que tem como principal objetivo apoiar o desenvolvimento do setor de crédito no país através de ganhos de eficiência proporcionados pela introdução de novas tecnologias em diversas etapas do ciclo de crédito.

O período da tarde começou com um painel sobre Insurtech, contando com a presença do Marcelo Blay da Minuto Seguros, Eldes Mattiuzzo da Youse e Marcelo Bradaschia da Fintech Lab. A mudança no comportamento do consumidor de seguros foi uma das pautas principais, e a maioria dos presentes na mesa concordaram que estamos bem perto de termos experiências totalmente digitais na aquisição e operacionalização desse produto. Ainda hoje, mesmo em algumas Insurtechs nacionais, existe o componente humano, principalmente na venda de produtos mais complexos e de alto valor.

Em seguida, houve um bate-papo com o Jonathan Whittle, sócio diretor na Quona Capital, fundo de Venture Capital de Washington focado em negócios com impacto social, que falou sobre suas visões de potencial para o mercado Fintech na América Latina.

Outro tema que está em alta no segmento Fintech foi explorado em um painel sobre APIs e Inteligência Artificial. Participaram Guga Stocco do Banco Original, Rodrigo Mendes da TCP Latam e Marcos Cavagnoli da 4Finance. “O desenvolvimento de plataformas inteligentes levará a um futuro onde você poderá ter interfaces com serviços financeiros a qualquer momento e em diversos lugares, como em carros e geladeiras”, pontuou Guga Stocco.

Outra palestra internacional do dia foi feita por Pooja Chokshi, chefe da área de parcerias estratégicas da Blockchain.com. Ela exemplificou os diversos impactos dessa tecnologia no segmento financeiro, de identificação, cadeia de suprimentos, dentre outros.

O último painel tratou sobre os impactos do Blockchain, dos contratos inteligentes e das Organizações Autônomas Descentralizadas (DAO) no mundo dos negócios. Participaram Edilson Osório Jr. da OriginalMY, Helena Margarido da Sum Law e João Paulo Oliveira da Foxbit. Edilson lembrou que a tecnologia de contratos inteligentes, por exemplo, ainda se encontra em desenvolvimento e que muitas falhas acontecem pois esse é um processo natural do amadurecimento e padronização dessa indústria.

O evento reuniu mais de 200 pessoas do ecossistema Fintech nacional e internacional. “Ocasiões como essa buscam conectar os mais relevantes agentes desse ambiente, promovendo o diálogo entre eles e colaborando para o efetivo fortalecimento e desenvolvimento da cena brasileira”, observou Bruno Diniz. “O saldo foi bastante positivo, ouvimos o Consulado Inglês falar a respeito do interesse em desenvolver uma ponte entre Brasil e Inglaterra no segmento Fintech, bem como o anúncio oficial da criação da ABCD, que representará as empresas que atuam no ramo de Alternative Lending no país. O ecossistema está crescendo e se mostra bastante promissor a medida que possibilidades como essas se tornam realidade”, finalizou.

 

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