Por Guilherme Verdasca, CEO da Transfeera
Um estudo da Deloitte em parceria com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) aponta que 60% das transações bancárias já são feitas por meios digitais, como celular ou computador. O mobile banking, segundo a Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2019, é o canal preferido dos brasileiros para pagamentos de contas e transferências bancárias. Ainda, o estudo diz que no ano de 2018, 2,5 bilhões transações financeiras de pagamento e transferências, que incluem TED e DOC, foram efetivadas por meio do mobile banking. O motivo da escolha do celular está relacionada com a segurança e a conveniência que os aplicativos dos bancos oferecem.
A segurança digital é, sem dúvidas, um dos assuntos mais debatidos atualmente, seja sobre o uso das redes sociais ou do mobile banking. Pensar nesse tema é essencial para empresas e usuários, tendo em vista que dados são fontes de informações relevantes, se estudados da melhor forma. De maneira geral, a segurança digital tem como objetivo resguardar informações confidenciais, por isso é importante se preocupar com ela. Ela também assegura o desenvolvimento de aplicações confiáveis, garante a confidencialidade, a integridade e a disponibilidade dos dados.
Outro ponto importante é a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), que deve entrar em vigor no país em agosto deste ano. A LGPD cria um marco legal que protege informações pessoais – como nome, endereço, idade, estado civil, e-mail e patrimônio – e tem como objetivo garantir transparência na coleta, processamento e compartilhamento desses dados. A nova lei impacta diretamente a vida virtual das pessoas, seja para informações presentes nas redes sociais, aplicativos ou cadastros de clientes. Assim, os usuários terão maior controle sobre o uso das informações pessoais.
Hoje existem muitas opções para os usuários, como as fintechs, por exemplo, que por serem pautadas em ambiente online, colocam a tecnologia a serviço do usuário, proporcionando segurança, agilidade e praticidade nos processos realizados. Mas como saber se são seguras? Mesmo que sejam novas, essas startups também devem seguir regras rígidas para oferecer produtos e serviços. Elas são reguladas pelo Banco Central, assim como outras instituições financeiras. Para saber se uma fintech existe mesmo, o usuários pode consultar o CNPJ e conversar com outros clientes que já utilizam a solução. Existe também uma maneira de pesquisar pelo banco de dados do Banco Central, digitando o nome da empresa ou o CNPJ no campo de buscas, entretanto, algumas fintechs podem não aparecer porque rodam abaixo da volumetria de regulamentação, não sendo obrigadas a estar no BCB.
Como proteger transações financeiras digitais?
Em transações financeiras, para segurança dos seus dados, é importante realizar transações por meio do aplicativo do banco — que geralmente é blindado e, em compras online, usar cartão virtual, que evita que os sites guardem as informações do cartão de crédito, por exemplo. Para que os dados não sejam expostos, é recomendável evitar usar apps bancários pelo wi-fi — mesmo que seja a rede de casa porque elas podem ser frágeis em relação a segurança, e também evitar redes públicas, mesmo que elas tenham senhas. O risco é menor quando há a utilização de dados móveis, ainda que a 3G e a 4G possam ser invadidas, são mais seguras que wi-fi.
Habilitar a verificação em duas etapas também funciona. A maioria dos apps de banco solicitam um token (enviados por SMS, por exemplo) para realizar transações. Alguns bancos solicitam também a leitura de QR Codes para validar as transações. Utilizar antivírus e ativar os alertas de vulnerabilidade e VPN — as VPN’s são redes virtuais privadas que tornam mais difícil a interceptação de informações — também são dicas interessantes.
Automatizar processos pode ser uma boa saída também: com essa solução, o usuário pode cadastrar as transações que são feitas normalmente durante o mês para que elas sejam efetivadas em uma determinada data. Dessa forma a transação será executada conforme o previsto e o valor de dinheiro que sobra na conta será quase sempre o mesmo.
Para empresas, já existem fintechs, como a Tranfeera, que permitem a automação segura de processos, em que o cliente pode pagar diferentes fornecedores e controlar tudo por uma plataforma. Pode ser muito útil para instituições que precisam fazer uma grande quantidade de transferências bancárias diariamente ou para promoções do tipo cash back. Também já existem, disponíveis no mercado, tecnologias que validam contas porque podem evitar fraudes. E sempre que houver divergência ou erro cadastral nos dados bancários fornecidos, os usuários podem se antecipar e solicitar a correção dos dados a seus clientes, fornecedores e parceiros. Para além, existem outras fintechs como a Nubank que oferece serviço 100% digital; a Creditas que é especialista em crédito com garantia em imóvel ou veículo; entre outras.
Sobre o Autor:
Por Guilherme Verdasca, CEO da Transfeera, startup open banking que automatiza pagamentos e realiza validação bancária
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