O mercado de fintechs no Brasil está cada vez mais aquecido e atraindo capital de investidores atentos ao potencial de disrupção dessas startups no mercado brasileiro. Não é à toa que os investimentos em fintech em 2018 já ultrapassaram R$ 1 bilhão logo no primeiro semestre do ano.
Em 2017, segundo monitoramento do Conexão Fintech, as fintechs brasileiras movimentaram mais de R$ 457,44 milhões em investimentos (confira a lista de investimentos feitos em 2017 neste link). Os aportes foram alocados em fintechs de vários setores como a Creditas, fintech de crédito pessoal, o GuiaBolso, startup que oferece um aplicativo de gestão financeira pessoal, e a Nibo, voltada para o controle financeiro de pequenas e médias empresas. Mas o grande foco dos investidores em 2017 foi no setor de crédito, com 89% dos aportes investidos em startups que concedem crédito tanto a pessoas físicas como a pequenas e médias empresas, dentre elas a Creditas, Avante, Adianta e NoVerde.
Em 2018, com o investimento de US$ 150 milhões recebidos pelo Nubank, a primeira fintech a se tornar um unicórnio brasileiro, os valores arrecadados ultrapassaram o total de 2017, em apenas dois meses, batendo um bilhão de reais ainda no primeiro semestre. Confira abaixo os investimentos monitorados pelo Conexão Fintech até o momento.
*Total investido: R$ 1.486.900.000
Confira abaixo os investimentos em fintechs brasileiras em 2018:
Bom Pra Crédito
A fintech Bom Pra Crédito, um marketplace de crédito on-line do Brasil, recebeu investimento da rodada Serie A de R$ 22 milhões liderada pela Innova Capital. O investimento foi acompanhado pela Astella Investimentos e por Ricardo Loureiro, ex-presidente do Serasa-Experian que já haviam investido em rodadas anteriores. (Saiba mais)
Nubank
O Nubank recebeu um investimento de cerca de R$335 milhões (US$ 90 milhões) da Tencent Holdings Limited (“Tencent”), portal de serviços de internet líder na China. Com essa rodada, a empresa chega a cerca de US$ 420 milhões captados em sete rodadas de investimentos desde que foi fundada em 2013. Em contrapartida, a Tencent fica com 5% da fintech, o que limita sua influência na gestão da startup, mas permite que a gigante compartilhe tecnologia com a startup. (Saiba mais)
Rebel
A Rebel, fintech de empréstimo pessoal, recebeu um aporte de R$ 14,9 milhões (US$ 4 milhões) numa rodada liderada pela Monashees. Também participaram da rodada a XP, J. Malucelli e a Point Break Capital. Somado aos investimentos anteriores, a fintech já captou R$ 20 milhões. A startup é uma fintech de crédito que usa tecnologia para agilizar empréstimos pessoais para a classe média. Segundo a assessoria, o novo investimento deve ser alocado principalmente na área de tecnologia. Atualmente, ela já usa machine learning e inteligência artificial para calcular taxas com base no perfil de cada cliente e também usa blockchain para certificar seus contratos. (Saiba mais)
BizCapital
A BizCapital, fintech de crédito que oferece empréstimos para micro e pequenas empresas, recebeu um aporte de R$ 20 milhões da Quona Capital e dos fundos Monashees e Chromo Invest. É o segundo recebido pela fintech neste ano, que pretende usar os recursos para investir em tecnologia e preparar a companhia legalmente para entrar com pedido no Banco Central para se tornar uma Sociedade de Crédito Direto (SCD). (Saiba mais)
Concil
A Concil, fintech especializada em serviços de gestão financeira, recebeu um aporte de R$ 15 milhões, que foi liderada pela Prosegur Tech Ventures, fundo de investimento do Grupo Prosegur. Também participaram da rodada a DGF Investimentos e a SP Ventures, fundos que investiram na primeira rodada da Concil. Fundada em 2008, a fintech Concil oferece soluções em conciliação para empresas de todos os tamanhos e possui atualmente mais de 5 mil clientes e cerca de 40 milhões de transações processadas por mês, além de R$ 2 bilhões em volume conciliado mensalmente. (Saiba mais)
Negocie Online
A Negocie Online, plataforma de autosserviço digital para usuários negociarem dívidas, recebeu um investimento de R$ 5 milhões da Accesstage, empresa especialista em soluções para intercâmbio de dados financeiros. Esse é o segundo aporte da Accesstage em fintechs, o primeiro foi em julho [leia abaixo] na Moneto. (Saiba mais)
Moneto
A Moneto, fintech de gestão de recebíveis e cobrança online, recebeu um investimento semente de R$ 2 milhões da Accesstage, uma empresa de soluções financeiras e gestão de processos. Lançada em 2016, a Moneto é uma startup de São José dos Campos (SP) que oferece uma plataforma tecnológica visando acelerar o recebimento de vendas por cartão de crédito, débito e boletos, permitir a gestão da cobrança e do fluxo de caixa de forma mais prática para o mercado de microempreendedores e profissionais autônomos. (Saiba mais)
Mais Retorno
A fintech de investimentos Mais Retorno recebeu R$ 1 milhão de aporte de investidores-anjo do Rio Grande do Sul. A empresa foi criada há um ano e está com R$ 120 milhões em carteira. A meta da startup é atingir R$ 2 bilhões em 2020. O aporte será usado para expandir a equipe e acelerar o desenvolvimento tecnológico do site. (Saiba mais)
Neon Pagamentos
A Neon Pagamentos, plataforma de tecnologia criada em 2016, recebeu um aporte de R$ 72 milhões numa rodada de investimentos série A. O valor é o maior já recebido entre as chamadas “fintechs”, superando aportes de série A levantados por famosas startups como Nubank e Guia Bolso. O aporte contou com a participação da Propel Ventures, o fundo brasileiro Monashees, Quona, Omydiar Network, Tera Capital (family office do Patria Investimentos) e Yellow Ventures. O anúncio do aporte ocorreu um dia antes do Banco Central anunciar a liquidação extrajudicial do Banco Neon, o antigo Banco Pottencial, ao qual a Neon prestava serviços. Após alguns dias, a startup anunciou um novo banco parceiro, o Banco Votorantim, e a volta do funcionamento normal de seus serviços no aplicativo. (Saiba mais)
Magnetis
A fintech Magnetis, startup de investimentos, anunciou em abril um aporte de série A de R$ 17 milhões. O investimento foi liderado pelo fundo brasileiro Monashees e a Vostok Emerging Finance, além disso teve a participação do Redpoint e.ventures e investidores-anjo. A Magnetis é uma das fintechs que se destacam no ramo de investimentos com robo-advisors no Brasil.
Creditas (ex-BankFácil)
A fintech Creditas, uma plataforma online de empréstimos com garantia, recebeu um aporte de US$ 55 milhões (cerca de R$ 190 milhões) numa rodada de investimentos série C liderada pelo fundo sueco Vostok Emerging Finance. Dois novos investidores participaram dessa rodada, o Amadeus Capital Partners e o Santander InnoVentures, fundo do banco Santander que compra participações em startups, sendo essa a primeira vez que o Santander investiu numa empresa brasileira. (Saiba mais)
FinanZero
A FinanZero, fintech de capital sueco que opera como correspondente bancário online para negociar empréstimos junto a instituições financeiras, recebeu um aporte no valor de R$ 12 milhões. A rodada série A foi liderada pelo fundo sueco Vostok Emerging Finance com a participação de outros investidores suecos, incluindo a Webrock Ventures e a Zentro. Com este investimento, a FinanZero quer ampliar sua equipe além de investir no aprimoramento da sua própria plataforma online, garantindo uma experiência mais transparente e menos burocrática na contração de empréstimos. (Saiba mais)
Par Mais
A Par Mais, fintech catarinense de investimento, recebeu um aporte de R$ 6 milhões do Grupo Valorem, de Joinville. Fundada em 2011, a startup pretende usar os recursos para aprimorar a plataforma tecnológica que visa facilitar o acesso online a investimentos financeiros e acompanhamento das respectivas carteiras. A fintech Par Mais tem como propósito fazer com que as pessoas mudem a forma como se relacionam com o dinheiro para alcançar a liberdade e serem mais felizes por meio de investimentos e educação financeira. (Saiba mais)
Zoop
A Zoop, plataforma aberta para pagamentos e serviços financeiros, recebeu um investimento de R$ 60 milhões da Movile, uma das líderes globais de marketplaces móveis e dona de empresas como iFood, Sympla e Leiturinha. A parceria com a Zoop permitirá que as empresas do grupo Movile ofereçam soluções inovadoras de pagamento, o que irá reduzir custos de transação e melhorará o fluxo de caixa. Em rodadas anteriores de financiamento, a Zoop já havia levantado recursos de fundos americanos como Qualcomm Ventures e Riverwood Capital, o brasileiro Darwin Capital, além do mexicano Avalancha Ventures. (Saiba mais)
Vérios
A Vérios, pioneira em gestão automática de investimentos (também chamada de robo-advisory), recebeu um aporte de R$ 5,2 milhões numa rodada de investimentos série A, liderada pela e.Bricks Ventures. Também participaram da rodada a aceleradora Startup Farm e alguns dos investidores-anjo que investiram na Vérios bem no início e aproveitaram a oportunidade para ampliar sua participação na empresa. (Saiba mais)
Nubank
O Nubank levantou R$ 500 milhões, na sexta rodada de investimentos desde sua fundação, em 2013. O aporte foi liderado pelo fundo DST Global e vai permitir que a empresa, que tem 3 milhões cartões de crédito emitidos no Brasil, acelere sua transformação em um banco digital. (Saiba mais)
Confira também todos os investimentos que o Nubank já recebeu até o momento
RecargaPay
O RecargaPay, fintech de pagamentos, levantou US$ 22 milhões num rodada de investimentos de Série B (cerca de R$ 70 milhões). Os investidores dessa rodada incluem o International Finance Corporation (IFC, um braço de investimentos do Banco Mundial), TheVentureCity e Ventech. (Saiba mais)
BizCapital
A BizCapital, fintech que oferece crédito a micro e pequenas empresas sem acesso a grandes bancos, recebeu seu segundo aporte, no fim de fevereiro. Ela receberá R$ 15 milhões a serem aplicados em suas operações e desenvolvimento, numa rodada de investimentos liderada liderada pela Chromo Invest e pela 42K Investimentos. (Saiba mais)
F(x)
A fintech F(x), startup que une financiadores e empresas em busca de investimentos, recebeu um investimento de R$ 10 milhões da e.Bricks Ventures e mais dois investidores institucionais não divulgados. (Saiba mais)
EBANX
O EBANX, fintech de Curitiba especializada em pagamentos, recebeu um aporte de R$ 100 milhões do fundo norte-americano FTV Capital. O EBANX, criado em 2012, oferece meios de pagamentos locais para que consumidores de países na América Latina consigam fazer compras em sites internacionais como o AliExpress e o Airbnb. (Saiba mais)
Koin
A Koin, fintech de pagamentos, recebeu o primeiro aporte em fintech brasileira de 2018 no valor de R$ 15 milhões. A rodada foi liderada pelo International Finance Corporation (IFC), braço do Banco Mundial voltado para desenvolvimento do setor privado em países em desenvolvimento, e teve a participação de outros fundos europeus. (Saiba mais)
Investimentos sem valor divulgado
Zen Finance
A fintech de crédito Zen Finance recebeu uma rodada de investimentos do Global Founders Capital, fundo com sede em Munique, Alemanha. O valor captado será utilizado na expansão da equipe de colaboradores e nos fundos de investimento em direitos creditórios (FIDCs) da startup. A rodada de investimentos também contou com a participação de Philipp Povel, fundador e CEO da Dafiti, e Carlos Eduardo Norbert, da Petronia Capital, investidor e executivo com mais de 17 anos de experiência em private equity, venture capital e fusões e aquisições. (Saiba mais)
ReCB
A ReCB, fintech de gestão de cobrança e pagamentos via boletos bancários do Piauí, recebeu um investimento da venture builder Superjobs, equivalente a uma participação de 11,11%. A fintech tem foco em micro, pequenas e médias empresas, empreendedores informais e na área de educação com a emissão de mensalidades de faculdades e de comissões de formatura. Por gerarem um volume pequeno de boletos, esse público costuma ter um custo bancário elevado e a ReCB vem para atender essa demanda. Além disso, a fintech oferece a gestão de recebimentos de boletos para pessoa física, como vendedores de produtos de beleza, contadores, advogados e profissionais liberais. (Saiba mais)
Fusões & Aquisições
Outro movimento que está andando junto com os investimentos é o de fusões e aquisições em fintech. O mercado brasileiro tem mostrado um forte movimento interno de aquisição e fusão entre startups fintechs. Confira nosso monitoramento de M&A – Mergers and Acquisitions – neste setor aqui.
Confira a lista de investimentos de 2017 aqui
Conhece uma fintech que recebeu investimentos em 2018 e não está na lista? Fale para a gente nos comentários abaixo!
* Os valores de alguns investimentos anunciados em dólar foram convertidos em reais na época do aporte.
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