Imagine se o Nubank investisse tanto em marketing (como faz hoje), mas na hora de aumentar o limite do cartão você tivesse de ligar num 0800 e esperar horas para resolver o problema?
Pois é essa uma das maiores dificuldades que as InsurTechs precisam vencer para realmente inovar os seguros no Brasil. Isso porque o desafio de oferecer seguros mais acessíveis e focados na experiência do usuário não é apenas uma mudança cultural, mas sim de infraestrutura de informação – para ser mais específico, back-end.
Aliás, esse é um erro que InsurTechs cometem: para gerar vendas e acumular receita, investem muito em marketing digital, mídias sociais e relacionamento, mas acabam não dando a devida atenção ao funcionamento técnico do serviço e/ou produto que oferecem.
O resultado é que, para o consumidor, tudo parece bonito quando vê a proposta da empresa, o layout do aplicativo a promessa de um seguro fácil e descomplicado. Mas na hora de contratar o seguro, tudo é meio parecido com o que já conhecemos: lento, burocrático e custoso.
Como destaca Alessandro Maracajá, CEO da Solutions One, empresa que busca resolver este problema das insurtechs e seguradoras em geral, as seguradoras devem adequar toda a infraestrutura técnica por trás da empresa (o que em tecnologia chamamos de back-end) para lidar com ferramentas como machine learning e inteligência artificial.
“Não adianta, por exemplo, ter um chatbot que atende o cliente na hora, mas funciona apenas como uma busca de respostas prontas. Se ele não conversa de verdade com os sistemas internos da empresa, o bot vira uma peça de marketing e não um diferencial para o usuário.”
Em outras palavras, não é fácil revolucionar um mercado centenário como o de seguros, mas mudar apenas sua carapaça pode atrasar ainda mais essas mudanças e deixar o consumidor mais descrente com a indústria.
Por que as InsurTechs e segurados não investem em back-end?
Em geral, as seguradoras têm dificuldade em investir no back-end por dois motivos:
- A empresa é muito conservadora, e por questões culturais e de compliance não investem em ferramentas digitais como cloud computing e machine learning.
- É muito trabalhoso montar, completamente do zero, um back-end com foco em serviços digitais.
Embora essas duas situações demandem investimento e muitas vezes um líder com olhar mais disruptivo, ao abrir mão do investimento em back-end as InsurTechs deixam de explorar todo o potencial e soluções inovadoras que podem oferecer aos usuários.
Para Alessandro, a única forma de uma insurtech inovar hoje é montando uma seguradora do zero ou criando parcerias (camadas) digitais para seguradoras tradicionais, mas que estão abertas à renovação do back-end e, consequentemente, à experiência do usuário.
A Trov, por exemplo, é um ótimo exemplo de como toda insurtech deveria funcionar:
Basicamente, a Trov oferece seguros para itens como celular, câmera, caixinhas de som e outros eletrônicos por meio de um aplicativo muito prático e rápido.
O usuário pode “ligar” e “desligar” o seguro de uma das coisas a hora que quiser e o aplicativo permite que o usuário rastreie seus pertences, por exemplo, por foto ou nota fiscal – que ficam na guardados na nuvem. Por enquanto, a InsurTech opera na Austrália, Nova Zelândia e Reino Unido, mas em abril deste ano a Trov levantou U$ 45 milhões para expandir para mais países.
Alessandro Maracajá considera a Trov um excelente modelo de uso de tecnologias na infraestrutura dos serviços que oferece. Porém, lembra que nem toda insurtech terá condições de construir toda uma infraestrutura tecnológica do zero.
“Devido às limitações técnicas, culturais e até mesmo legislativas, sozinhas as seguradoras não vão conseguir se adaptar às necessidades dos novos usuários e oferecer uma maneira realmente nova de vender seguros.”
Por isso, as InsurTechs que querem inovar nesse mercado precisam criar parcerias com empresas de tecnologia como a Solutions One, que possui know-how e tecnologia (APIs) para desenvolver (ou reformular) todo o back-end de uma seguradora ou InsurTech.
A Solutions One tem mais de 100 APIs que permitem integrar diversas tecnologias como machine learning, CRM, inteligência artificial e chatbot para que a seguradora ou insurtech possa oferecer uma solução completa para o usuário.
“Atualmente a Solutions One está focada em soluções de vendas, arrecadação de prêmios e pós-vendas”, explica Alessandro. “Mas a expectativa é que em 2018 ela já consiga desenvolver um back-endtotalmente digital para oferecimentos para sinistros”.
Quando o assunto é inovação, ela tem de ser completa. E as insurtechs que souberem aproveitar as tecnologias desde o back até o front-end terão papel de destaque na revolução da indústria dos seguros.
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