CEO da ACE Startups fala ao mercado segurador sobre disrupção e como startups inovam

SÃO PAULO – Hoje a tecnologia é democratizada no mundo todo, as empresas têm a possibilidade de usar as tecnologias existentes, mas não o fazem pois não podem pagar ou não sabem como usá-la. Contudo, a tecnologia não é a condição essencial para empresas inovarem. Foi mais ou menos assim que o CEO da ACE Startups, Pedro Waengertner iniciou sua apresentação sobre inovação para um público de 700 participantes do Insurtech Brasil 2018.

Pedro Waengertner lembrou de casos como o da Kodak e da Blockbuster, sempre vistos como cases de fracasso em inovar e se manter no mercado. “Já pensou o que fariam no lugar de um executivo da Kodak naquela época?”, perguntou Pedro. “A Kodak desapareceu, porque não soube mudar seu core business.”

Já a centenária Nintendo se manteve no mercado mantendo-se fiel a sua lógica. Muito antes de entrar no mercado de videogames, já se propunha a divertir pessoas com jogos de cartas. Por isso, disse Pedro: “Não é a tecnologia que destrói empresas, é a maneira de pensar, o modelo de negócios.”

como startups inovam

Cartas Nintendo da Era Meiji (1867-1912)

Startups são a saída?

Pedro Waengertner também apresentou dados sobre fusões e aquisições (M&A). Segundo o CEO, as M&As fracassam entre 70% e 90% das vezes. Isso ocorre, porque em geral a empresa que compra a startup sufoca a inovação com seus processos burocráticos. Por isso, levantou a bandeira de que não adianta apenas trabalhar com startups, mais que isso, é importante para o mercado segurador trabalhar como startups.

“Inovação é uma questão de design organizacional”, disse Pedro, apresentando as características básicas das empresas do Vale do Silício: autonomia, dados, testes e erros. No modelo tradicional de negócios, muitas iniciativas morrem antes mesmo de serem testadas, já no Vale do Silício ideias são testadas a todo momento. “A chave não é dar autonomia para a pessoa fazer qualquer loucura na empresa. É deixar elas errarem rápido e barato.” Com maior tolerância a erros, essas empresas inovadoras consideram errar barato uma boa forma de aprender. Por isso, a briga com os concorrentes não é para evitar erros, mas sim ver quem erra e aprende mais rápido.

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Matar o próprio negócio

Na maioria das vezes em que empresas contratam startups, de acordo com Pedro Waengertner, elas buscam por sustentação. Isto é, querem que a startup as ajudem a vender mais, para as mesmas pessoas, reduzindo custos. Essa é apenas uma forma de inovar, explicou o CEO da ACE Startups. Outra forma é a disrupção e isso significa matar o próprio negócio para criar algo novo.

Nas reuniões da Amazon, a cadeira vazia representa o cliente

O CEO da ACE Startups usou de exemplo a Amazon, empresa que considera a mais inovadora do Vale do Silício. Ao criar o Kindle, de certa forma, a Amazon passou a concorrer consigo mesma na venda de livros, mas se não tivesse feito isso, talvez não tivesse virado a gigante que é hoje. Outra característica importante da Amazon, segundo Pedro, é se importar de verdade com o cliente. “Em cada sala de reunião tem uma cadeira vazia, que representa o cliente e eles tomam decisões com o cliente no centro, mesmo que isso signifique perder dinheiro.”

Por fim, Pedro Waengertner disse ao público a importância de jogar no ataque, olhar oportunidades, mercados não tocados. “Como aproveitar isso que está acontecendo? Como capturar esse valor? O tiro não vem da onde a gente acha que vem.”

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