Por Wady Cury
Inovação é um dos temas mais discutidos no mundo corporativo. Há quem considere que inovação é tão ou mais importante que eficiência operacional, e não seria leviano mencionar que, para muitos mercados, é questão de sobrevivência, principalmente para as organizações que buscam perenidade em seus negócios.
Com o dinamismo do mundo globalizado, estruturas que se destacam são as que se adaptam às mudanças mais rapidamente. O futuro requer propósito, sonhos, foco, criatividade, agilidade e novos mercados.
Uma vez que inovação não se resume a uma grande ideia, como seria inovar em mercados tradicionais, como o de seguros, que utiliza o conceito do produto padrão sem, muitas vezes, considerar as características individuais do comprador?
Considerando que tempo e compartilhamento são as grandes tendências do futuro, ouso afirmar que mercados ortodoxos só conseguem se renovar e se reinventar quando constroem uma rede de inovação aberta, com reforço na inteligência coletiva (equipe) e economia do compartilhamento.
Um setor formado por companhias tradicionais de seguros, que começa a ser provocado por novos entrantes que trazem um jeito diferente de fazer a subscrição do risco, criar produtos, se comunicar e de abordar o cliente, só muda se colocar ideias novas em ação. Isso exige um questionamento constante sobre se a empresa é relevante, se a marca se diferencia ou se a companhia está apenas entendendo inovação como vender mais rápido e mais barato para ganhar mercado.
A discussão a ser feita não é tecnológica, uma vez que esta encontra-se facilmente disponível. A questão está relacionada a capacidade de ligar os pontos e transformar a informação em diferencial competitivo. Não se constrói o futuro com a mente “no” e “do” presente. O desafio de uma gestão inovadora é estar com um olho no telescópio e outro no microscópio, entendendo e atendendo as demandas internas e do consumidor.
Olhar para fora da empresa, evitando os habituais erros de tentar adivinhar desejos, prioridades e necessidades dos clientes é o passo número um. Escutar é fundamental, e pode começar com a própria equipe. O envolvimento entre as áreas, atuando em conjunto para que o resultado seja tangível, é outra questão fundamental. Pontos de vistas diferentes colaboram para concretizar uma grande ideia ou iniciativa.
Aceitar as mudanças, buscar por atualizações, colocar em prática o que foi definido em um processo de inovação é um passo fundamental, caso contrário, o resultado se perde. Grandes empresas deixaram de existir por simplesmente se acomodar.
Também é importante analisar as tendências. A informação caminha junto com a inovação. As partes interessadas em inovar precisam estar atualizadas e atentas às movimentações do mercado. Interaja com o cliente, escute e observe. Convide-o a entrar e evolua com suas recomendações.
Por último, não menos importante, olhe para a frente, antecipe movimentos e crie novos mercados. Muitas empresas têm investido no lançamento de produtos, criando novos processos para interagir com clientes e implementando novas práticas de relacionamento, mas os resultados práticos em inovação ainda são tímidos.
Considerando que os seguros são uma matéria global, e que no Brasil temos uma criatividade latente, temos aí uma imensa oportunidade de tornar a inovação um instrumento fabuloso que impulsionará ainda mais o tão almejado crescimento do mercado nos próximos anos.
Sobre o autor:
Wady Cury é diretor geral de Habitacional e Rural do GRUPO SEGURADOR BANCO DO BRASIL E MAPFRE
Quer uma dica?
Faça parte do principal encontro da comunidade de inovação e tecnologia em crédito no dia 01 de novembro em São Paulo. Saiba mais clicando aqui ou acessando http://credtech.conexaofintech.com.br/
Aproveite o desconto de 15% para nossos leitores por tempo limitado. Use o código conexaofintech ou clique aqui e garanta sua vaga.