Segundo um estudo feito pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP), o Brasil superou a marca de um smartphone por habitante, chegando a 220 milhões de aparelhos ativos. Mesmo com esse alto número de smartphones, o uso de seguros para esses aparelhos não é tão comum. Um dos motivos é que esse tipo de seguro costuma ser caro e há muita burocracia tanto para contratar quanto para acioná-lo. De olho nesse mercado, um grupo de empreendedores criou a insurtech Komus.
A Komus não é uma seguradora, mas sim uma empresa de tecnologia que oferece aos usuários uma plataforma de proteção compartilhada para smartphones. A startup surgiu durante o Startup Weekend Blockchain de 2017. A ideia de usar blockchain para criar uma plataforma de proteção descentralizada para smartphones levou o primeiro lugar na competição.
Hoje à frente da insurtech Komus estão os sócios Stephanie Peart, Anna Letícia Baptista e Gustavo Jasponde. A proteção compartilhada via a plataforma funciona mais ou menos assim: os usuários pagam um valor que é investido num caixa compartilhado usado para cobrir os riscos dos membros. Quando o dinheiro não é utilizado, isto é, quando ninguém tem o celular roubado ou furtado, o valor arrecadado vira crédito para os usuários. Esses créditos são usados como parte do valor para renovar ou transferir a proteção para um novo aparelho.
O usuário paga uma taxa administrativa de 2% ao mês sobre o total investido no caixa compartilhado pelo grupo. “O dinheiro do caixa é dos usuários, não nosso”, explica Stephanie Peart. “Acreditamos que se os riscos são compartilhados, os ganhos também devem ser.”
Atualmente, a Komus usa blockchain como registro de transparência. As transações e movimentações feitas no caixa são registradas permanentemente na rede e ficam disponíveis para consulta. Além disso, a equipe está trabalhando em outras aplicações da blockchain para oferecer uma experiência ainda mais descentralizada para os usuários.
A tecnologia da blockchain tem chamado muita atenção do mercado por ser a tecnologia subjacente às criptomoedas. No último ano, as altas e baixas do bitcoin deixaram o mercado alvoroçado. Mas a blockchain traz ideias mais disruptivas que a criação de novas moedas: a descentralização e o fim da dependência de instituições intermediárias como cartórios, bancos e seguradoras.
Lá fora já vimos iniciativas de insurtechs que estão inovando no setor de seguros usando blockchain. Dois destaques, neste ano, foram os ICOs (Initial Coin Offering) da InsurePal, plataforma de seguros peer-to-peer, que captou R$ 68 milhões em 80 seguros, e da PolicyPal, aplicativo móvel para acompanhamento de apólices de seguros, que arrecadou R$ 65 milhões em 38 segundos. Outras insurtechs internacionais que inspiraram a Komus foram a Friendsurance, plataforma de seguros p2p da Alemanha que existe desde 2010, e a Lemonade, que usa inteligência artificial e economia comportamental para oferecer seguros residenciais.
Os brasileiros gastam muito dinheiro na compra dos seus smartphones e os riscos de roubo ou furto são altos aqui no Brasil. Muitas vezes oferecer o produto de seguros para smartphones não é interessante para as seguradoras. Não é rentável como outros tipos de seguros e há um risco maior de fraude. “Esse é um segmento que precisa de um modelo de negócio diferente para funcionar”, diz Stephanie. “É isso que estamos criando com a Komus.”
A partir de setembro, a Komus está aceitando clientes Beta para formar um grupo de proteção de clientes para testar a tecnologia. Esse primeiro grupo ajudará a insurtech a definir o rumo da plataforma por meio de feedbacks. Esses clientes terão descontos e condições especiais e podem se cadastrar solicitando um convite aqui na plataforma.
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